segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fantasia



Devidamente surripiado daqui.

domingo, 30 de maio de 2010

Nem Cavaco nem Alegre

O apoio do PS a Manuel Alegre é a revelação de um segredo de polichinelo. De facto, só com muita imaginação e ingenuidade política se poderia pensar que esse apoio não foi negociado quando Manuel Alegre participou num comício em Coimbra, ao lado de José Sócrates, apelando ao voto no PS nas últimas legislativas.


A Convenção do Bloco de Esquerda realizada em 2009 não apreciou o apoio a um qualquer candidato, mas sim um perfil: “o Bloco de Esquerda defenderá a necessidade de uma candidatura presidencial da convergência mais ampla possível para a luta política da esquerda, sem prejuízo da possibilidade de apoiar uma candidatura da sua área política no caso em que essa alternativa não se concretize”.


Como é evidente, Manuel Alegre poderia ser uma figura que se enquadrasse nesse perfil, se tivesse querido afastar-se da governação de José Sócrates, que tantas vezes justamente condenou. Mas Alegre optou pelo comício de Coimbra, esquecendo o comício do Trindade. É uma opção legítima, mas é uma opção que o coloca no campo dos adversários do Bloco de Esquerda.


O que temos neste momento é um Manuel Alegre apoiado pelo PS de Sócrates, pela direita anti-social do Partido Democrático do Atlântico e, paradoxalmente, pelo Bloco de Esquerda. E esta não é, obviamente, a “convergência mais ampla possível para a luta política da esquerda”. E é por isso que centenas de militantes do BE continuam a reclamar a realização de uma Convenção extraordinária, para a qual prossegue a recolha de assinaturas, simultaneamente com a realização de reuniões distritais, que culminarão com um encontro nacional em Coimbra, no próximo 10 de Junho. Porque nos recusamos a fazer campanha com Sócrates e o PS, porque nos recusamos a apoiar quem apoia este governo e o desresponsabiliza das políticas anti-sociais, como faz Manuel Alegre ao criticar a União Europeia e as agências de rating, para poupar Sócrates e o governo, que seriam inocentes vítimas.


Enquanto militantes do Bloco, continuaremos a lutar para que todos os que confiam no partido possam manifestar nas próximas presidenciais, com o seu voto, o seu repúdio ao liberalismo capitalista, contribuindo assim, também, para derrotar Cavaco Silva.


Os subscritores da Convenção extraordinária do Bloco de Esquerda


30 de Maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Das palavras do PS aos silêncios de Alegre

Nesta notícia do Público sobre as posições dos dirigentes e deputados do PS em relação ao apoio à candidatura de Manuel Alegre, estão todas as razões que me levam a não apoiar Alegre e a achar um erro político o apoio do Bloco de Esquerda. E, consequentemente, para ter tomado em mãos, juntamente com muitos outros militantes do Bloco, a luta pela realização de uma Convenção Extraordinária.
Creio que o discurso directo de alguns dos deputados da bancada do partido do Governo, fala por si:
Afirma Strecht Ribeiro, vice-presidente da bancada parlamentar do PS: "Nós, direcção de bancada [na anterior legislatura], dissemos ao Alegre: se tu alguma vez nos derrotares [ao votar contra as propostas do PS], a direcção da bancada demite-se. Ele sabia isso e a verdade é que nunca nos derrotou. Ele nunca deu esse passo , que sabia que seria muito mau para o partido".
A votação de Alegre contra o Código de Trabalho de Vieira da Silva, por exemplo,quando este já estava aprovado, sem necessitar do seu voto, é uma das bandeiras para o apoio da Direcção do BE a Alegre.
Alegre nunca teria votado contra se dele despendesse a aprovação do Código de Trabalho é a minha convicção. que Strecht Ribeiro se limita a confirmar.

Numa outra passagem da notícia, cita-se uma intervenção de Osvaldo Castro em que este terá justificado o apoio a Alegre com a necessidade de uma candidatura unificadora da Esquerda que "não afecte o Governo".
O deputado do PS acaba por dar o melhor argumento a todos aqueles que, no Bloco de Esquerda, não acreditam que Alegre seja a opção certa, cumpra as decisões da Convenção do Partido e, sobretudo, seja uma opção fiel aos princípios e aos objectivos políticos do Bloco.
Estou convicta, ou estou mesmo no Partido errado, que, apesar de não ter subscrito a Moção vencedora na Convenção do Bloco, que a "maior convergência de Esquerda" de que falava a Convenção era para "afectar" o Governo, a Direita e as políticas de Direita.

Não precisava dos argumentos e das explicações dos deputados e dos dirigentes do PS para não apoiar Alegre. Não me trazem nada de novo. Mas convinha que alguns dirigentes do Bloco as ouvissem. De espírito aberto, ouvissem as palavras dos dirigentes e dos deputados do PS e os silêncios de Alegre. E reflectissem numas e nos outros. Acredito que ainda vão a tempo.
...
Isabel Faria - Lisboa

“Ele [Alegre] nunca derrotou o PS” na Assembleia da República

Strecht Ribeiro, vice-presidente da bancada parlamentar socialista e que já disse estar ao lado de Alegre, defende que o apoio do PS ao candidato presidencial não deve ser visto como uma questão pessoal, mas sim como uma questão política. Admite que no passado houve tensão entre ele e a bancada, mas faz questão de lembrar que ele “nunca derrotou o PS”.

“Nós, direcção de bancada [na anterior legislatura], dissemos ao Alegre: se tu alguma vez nos derrotares [ao votar contra as propostas do PS], a direcção da bancada demite-se. Ele sabia isso e a verdade é que nunca nos derrotou. Ele nunca deu esse passo , que sabia que seria muito mau para o partido”, contou ao PÚBLICO.

Strecht Ribeiro admite haver “divergências” no PS, mas lembra que elas sempre existiram em relação a presidenciais, com excepção da primeira candidatura de Eanes e da segunda de Soares. E acrescenta ser importante não esquecer que Alegre “não é um candidato do PS”, mas sim “um candidato a quem o PS dá o seu apoio”.

Aos militantes que alegam o facto de o PS não se poder colocar ao lado das querelas”: “Temos de apoiar um candidato para derrotar o candidato da direita. Queremos estar ao lado do PSD e do CDS na reeleição de Cavaco?

Se alguém levantasse essa hipótese, ela seria discutida, mas ninguém a levanta. Para mim é claro quem é o meu adversário e não percebo a dificuldade de alguns em defi nirem quem querem derrotar”, acrescenta.

Strecht Ribeiro diz mesmo estranhar que “militantes do partido se ponham no papel de analistas, quando seu papel deve ser de militância”.


Luciano Alvarez PÚBLICO

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reunião Nacional de subscritores

Depois de terminadas as reuniões distritais que tínhamos agendado, e de, tal como desde o início nos comprometemos, ter ouvido todos os camaradas que puderam estar presentes, realizaremos uma reunião final em Coimbra, a 10 de Junho, às 15.00h, em local a confirmar.
Foram três semanas de discussão intensa, democrática e participada. É isso que esperamos também para a última reunião.

Contamos com a presença de todos. Até lá, continuaremos a dar notícias e a reafirmar que a discussão política democrática e participada é o único caminho que o Bloco de Esquerda pode trilhar.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Reunião do Porto

Camarada
Os aderentes do Bloco de Esquerda subscritores da Convenção extraordinária estão a promover reuniões em vários distritosPorque este é o momento de dar a palavra aos e às militantes, deixamos apenas o apelo à participação e uma proposta de Ordem de Trabalhos, para que as reuniões possam ser produtivas e conclusivas, no que respeita às próximas iniciativas.

A reunião da Zona Norte, para os camaradas do Porto e Aveiro, será amanhã, Sábado, 22 de Maio, às 15h00, no Porto, na sede do Bloco.

Proposta de Ordem de Trabalhos
1 - Balanço da iniciativa de convocação de uma Convenção extraordinária
2 - Situação política e eleições presidenciais
3 - Próximas iniciativas (decisões sobre a continuação da recolha de assinaturas, sua entrega à direcção do partido, etc.)

Todas as reuniões são abertas aos e às aderentes, estando a participação em votações naturalmente reservada a quem subscreve a Convenção.

Saudações bloquistas e até amanhã!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Reunião de Coimbra

Camarada

Os aderentes do Bloco de Esquerda subscritores da Convenção extraordinária estão a promover reuniões em vários distritos

Porque este é o momento de dar a palavra aos e às militantes, deixamos apenas o apelo à participação e uma proposta de Ordem de Trabalhos, para que as reuniões possam ser produtivas e conclusivas, no que respeita às próximas iniciativas.

A reunião da Zona Centro será amanhã, Quinta-Feira, 20 de Maio, às 21h30, em Coimbra, na sede do Bloco.

Proposta de Ordem de Trabalhos

1 - Balanço da iniciativa de convocação de uma Convenção extraordinária
2 - Situação política e eleições presidenciais
3 - Próximas iniciativas (decisões sobre a continuação da recolha de assinaturas, sua entrega à direcção do partido, etc.)

Todas as reuniões são abertas aos e às aderentes, estando a participação em votações naturalmente reservada a quem subscreve a Convenção.

Última reunião:
Sábado, 22, às 15h00, no Porto, na sede do Bloco, para @s camaradas do Porto e Aveiro.

Saudações bloquistas e até amanhã!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alegre e o PEC2 - reacções

“As medidas agora aprovadas como resposta à exigência do acordo europeu para garantir a estabilidade do euro e enfrentar os ataques especulativos destinam-se a dar maior credibilidade ao País para o exterior.”
Artigo de Manuel Alegre no DN


Manuel Alegre não aplaude mas diz compreender o plano de austeridade aprovado pelo Governo. E aconselha Sócrates a "falar claro e com verdade", porque "as pessoas são capazes de compreender".
Expresso, em artigo sobre Manuel Alegre


Já quanto às medidas do governo e do PSD para obedecer ao plano da UE, Alegre diz que "é necessário que sejam explicadas com clareza, verdade e rigor. Sem pedidos de desculpas nem evasivas".
Artigo no Esquerda.net


“Mas se os anteriores pontos mostram algumas contradições de Alegre no diagnóstico da crise e dos caminhos para a sua superação, a avaliação política do PEC parece mais uma tentativa de conciliar a sua candidatura com a direcção do PS. “
Nuno Teles no blog Ladrões de Bicicletas


Enquanto a esquerda se mobiliza para estar na rua em protesto, Alegre estará silencioso ou a apelar à compreensão, refém da direcção do seu partido.
João Romão no blog Almareios


O drama do Bloco é que a Esquerda Possível é a que entende as medidas. A Esquerda Necessária é a que as combate.
O problema do Bloco é não poder garantir a ninguém que, a 29 de Maio, Alegre estará na Esquerda Necessária. Ou pode?
Isabel Faria no blog Estações e caminhos


Mais uma vez fica claro que Manuel Alegre não deve ser o candidato apoiado pela esquerda. As suas ligações com o governo PS/Sócrates condicionam-no e tornam-no, mesmo antes de sê-lo oficialmente, o candidato do governo e de suas políticas.
Posição da corrente Ruptura / FER

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Reunião de Faro

Camarada

Os aderentes do Bloco de Esquerda subscritores da Convenção extraordinária estão a promover reuniões em vários distritos

Porque este é o momento de dar a palavra aos e às militantes, deixamos apenas o apelo à participação e uma proposta de Ordem de Trabalhos, para que as reuniões possam ser produtivas e conclusivas, no que respeita às próximas iniciativas.

A reunião do Algarve e Zona Sul será amanhã, Sábado, 15 de Maio, às 15h00, em Faro, na sede do Bloco.


Proposta de Ordem de Trabalhos

1 - Balanço da iniciativa de convocação de uma Convenção extraordinária
2 - Situação política e eleições presidenciais
3 - Próximas iniciativas (decisões sobre a continuação da recolha de assinaturas, sua entrega à direcção do partido, etc.)

Todas as reuniões são abertas aos e às aderentes, estando a participação em votações naturalmente reservada a quem subscreve a Convenção.

Outras reuniões
Quinta, 20, às 21h30, em Coimbra, na sede do Bloco, para @s camaradas da zona Centro.
Sábado, 22, às 15h00, no Porto, na sede do Bloco, para @s camaradas do Porto e Aveiro.

Saudações bloquistas e até amanhã!

Conclusões da reunião de Braga: Por um candidato do Bloco!

Cerca de metade das três dezenas de aderentes do Bloco de Esquerda que no distrito subscreveram a Convenção extraordinária reuniu na sede de Braga, na sequência dos encontros que durante este mês se realizaram e realizarão em diversos pontos do país.

Em Braga o debate foi vivo e muito participado, tendo os presentes deliberado, consensualmente, transmitir aos demais subscritores da Convenção o seu ponto de vista sobre as próximas iniciativas deste grupo de militantes.

Resumidamente, as decisões tomadas em Braga foram as seguintes:

1 – Prosseguir a recolha de assinaturas até ao final do mês, com o objectivo de que as mesmas sejam entregues na próxima reunião da Mesa Nacional.

2 – Independentemente do número de assinaturas recolhido, não permitir que o debate sobre as presidenciais se transforme numa discussão sobre números, percentagens, ou outros aspectos do funcionamento interno do Bloco.

3 – Decorre do ponto anterior a necessidade de que os subscritores da Convenção tornem claro o seu repúdio político à candidatura de Manuel Alegre / PS, numa altura em que o governo e a direita lançam uma grande ofensiva contra os trabalhadores portugueses, perante a qual não há lugar para hesitações ou meias palavras. Ou se está com as políticas anti-sociais de Sócrates e Passos Coelho, ou se está na luta com firmeza.

4 – Neste contexto de agravamento das políticas capitalistas, importa que o nosso partido, com ou sem Convenção extraordinária, reveja a sua posição face às presidenciais, porque é por demais evidente que Manuel Alegre não é protagonista de “uma candidatura presidencial da convergência mais ampla possível para a luta política da esquerda”, conforme aprovou a VI Convenção. PS, BE e PDA não são obviamente a “convergência mais ampla possível para a luta política da esquerda”, contra o governo PS e a direita conivente. Não existindo qualquer outro candidato já apresentado, ou anunciado, com esse perfil, importa que se cumpra a segunda parte da resolução aprovada no órgão máximo do partido, ou seja, que o Bloco de Esquerda decida “apoiar uma candidatura da sua área política no caso em que essa alternativa [convergência mais ampla possível] não se concretize”.

Braga 14 de Maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reunião de Braga

Camarada

Os aderentes do Bloco de Esquerda subscritores da Convenção extraordinária promovem, a partir do próximo sábado, reuniões em vários distritos

Porque este é o momento de dar a palavra aos e às militantes, deixamos apenas o apelo à participação e uma proposta de Ordem de Trabalhos, para que as reuniões possam ser produtivas e conclusivas, no que respeita às próximas iniciativas.

A reunião do distrito de Braga será amanhã, quinta-feira, 13 de Maio, às 21h30, em Braga, na sede do Bloco.


Proposta de Ordem de Trabalhos

1 - Balanço da iniciativa de convocação de uma Convenção extraordinária
2 - Situação política e eleições presidenciais
3 - Próximas iniciativas (decisões sobre a continuação da recolha de assinaturas, sua entrega à direcção do partido, etc.)

Todas as reuniões são abertas aos e às aderentes, estando a participação em votações naturalmente reservada a quem subscreve a Convenção.

Outras reuniões
Sábado, 15, às 15h00, em Faro, na sede do Bloco, para @s camaradas do Algarve e zona Sul.
Quinta, 20, às 21h30, em Coimbra, na sede do Bloco, para @s camaradas da zona Centro.
Sábado, 22, às 15h00, no Porto, na sede do Bloco, para @s camaradas do Porto e Aveiro.

Saudações bloquistas e até amanhã!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Livres e democraticamente

No último sábado realizou-se, em Lisboa, a primeira reunião de subscritores da Convenção Extraordinária. Duas dezenas de camaradas discutiram abertamente a acaloradamente as questões relacionadas com a convocatária, as Presidenciais, analisaram a situação política e deram opiniões sobre os caminhos a trilhar (muitas delas divergentes, mas todas com o mesmo objectivo: voltar a levar a participação para dentro do Bloco, fazer um Bloco de militantes e não, apenas ou sobretudo, de eleitores e de funcionários!). Aqui e ali viu-se algum desencanto e algum cansaço, mas, no final, ficou a certeza que nenhum dos camaradas presentes naquela sala da sede de S. Bento pensa em desistir, nem do Bloco, nem de serem ouvidos nas tomadas de posições do Bloco.

Foi uma discussão à volta de uma mesa, sem tempos definidos nem intervenções finais, onde cada um e todos tiveram o tempo que quiseram para livre e democraticamente expressarem a sua opinião.

Foi, como se pretendia, uma reunião de auscultação e de discussão. Esta semana terão lugar as reuniões de Braga e de Faro. No final, depois de ouvidos os camaradas que connosco quiseram partilhar este caminho, tirar-se-ão as conclusões e tomar-se-ão decisões, da forma que nos comprometemos desde o primeiro dia deste movimento: colectiva e democraticamente.

sábado, 8 de maio de 2010

A palavra dos militantes: Manuel Alegre: desilusão

Sem duvida que o discurso de Manuel Alegre ficou aquém das expectativas de muitos eleitores de esquerda e pior ainda, não revelou uma vez uma clara demarcação do Partido Socialista.

Há vários dias atrás, o candidato Manuel Alegre, em vez de afirmar que a sua área ideológica é o Socialismo, pelo contrário afirmou qualquer coisa do género “a minha família politica é o Partido Socialista”. Com esta afirmação sou levado a concluir o seguinte:

  • A identificação clara com o PS (e não com o Socialismo) serve apenas e só para captar votos do PS, e sendo assim demonstra uma falta de lealdade e transparência para com esse eleitorado (o que é grave para um candidato presidencial).

Ou, em alternativa


  • De facto o candidato identifica-se claramente com o PS e então a situação é ainda mais grave do que a anterior. Passo a explicar - foi precisamente a governação do PS que ao longo destes últimos 20 anos colocou o nosso país na situação económica e financeira em que este se encontra. Situação esta que evidentemente coloca o nosso país à mercê dos especuladores internacionais. Situação esta que vai originar com toda a certeza a perda de todas as conquistas do povo português, conseguidas depois do 25 de Abril 1974.

Se o candidato se identifica com o PS, se é esta a sua família politica, então só posso concluir que não é com toda a certeza um verdadeiro candidato de esquerda. Se a sua família politica não soube ou não quis defender os verdadeiros interesses do povo português, e o candidato se identifica com ela, então está tudo dito. Uma vez que o candidato se identifica com o PS, então identifica-se com o modelo cooperativista (injusto e desigual) que está neste momento está instalado na nossa sociedade.

Se este candidato for eleito, terá ele a coragem para exigir ao seu próprio partido as mudanças necessárias para salvar a nossa independência e garantir o necessário bem estar ao nosso povo? O que fará ele para aliviar o sofrimento que o povo português irá passar dentro em breve? Vai recitar a sua poesia aos serões, na tentativa de encher a barriga vazia dos nossos filhos? Vai discursar sobre a necessidade de todos fazerem mais sacrifícios? Sabendo nós que “todos” se traduz em serem sempre os mesmos (os mais desfavorecidos).


Para concluir faço um apelo, por favor não chamem a Manuel Alegre um candidato de esquerda. È sim um candidato, que se identifica e pertence a um partido (PS) que se diz de esquerda. Apenas isso.


Manuel Monteiro -Matosinhos

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Reunião de Lisboa e Setúbal

Camarada

Os aderentes do Bloco de Esquerda subscritores da Convenção extraordinária promovem, a partir do próximo sábado, reuniões em vários distritos

Porque este é o momento de dar a palavra aos e às militantes, deixamos apenas o apelo à participação e uma proposta de Ordem de Trabalhos, para que as reuniões possam ser produtivas e conclusivas, no que respeita às próximas iniciativas.

A reunião dos distritos de Lisboa e Setúbal será amanhã, 8 de Maio, às 15.00, em Lisboa, na sede de S. Bento.

Proposta de Ordem de Trabalhos

1 - Balanço da iniciativa de convocação de uma Convenção extraordinária
2 - Situação política e eleições presidenciais
3 - Próximas iniciativas (decisões sobre a continuação da recolha de assinaturas, sua entrega à direcção do partido, etc.)

Todas as reuniões são abertas aos e às aderentes, estando a participação em votações naturalmente reservada a quem subscreve a Convenção.

Outras reuniões
Quinta 13, às 21.30, em Braga, na sede do Bloco, para @s camaradas do Norte, excepto Porto e Aveiro
Sábado, 15, às 15h00, em Faro, na sede do Bloco, para @s camaradas do Algarve e zona Sul.
Quinta, 20, às 21h30, em Coimbra, na sede do Bloco, para @s camaradas da zona Centro.
Sábado, 22, às 15h00, no Porto, na sede do Bloco, para @s camaradas do Porto e Aveiro.

Saudações bloquistas e até amanhã!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A palavra dos militantes - Ligeira mudança de posição

(Mensagem enviada ao Bloco de Esquerda de Beja).

Camaradas e Amigos,

Sobre esse tema que tanto me tem afligido polìticamente, tenho a informar o seguinte:

1-Continuo a pensar, sem retirar um micron, que este Sr é e foi um político conivente com todas as políticas sujas do PS contra Portugal e por mais que puxe pela minha boa memória, não lhe descubro uma única sequer atitude de esquerda.Antes pelo contrário, é só atentados contra o Trabalho e conta os Trabalhadores, subscrevendo tudo o que foi proposto por Mário Soares e seus conhecidos acólitos.

2-Penso e mantenho que esta personagem tem um secreto pacto para tentar ajudar o PS a reaver o eleitorado que foi (e bem) para o BE. Por alguma razão, alguém dentro do PS está a furar esta jogada.

3-Considerando as últimas motivações da cena política, informo TODOS os Camaradas que estarei disponível para votar no Sr MA se:
a) O PS não mostrar apoio público e oficial a MA;
b) Se o PS tiver um outro candidato a PR
c) O BE for a única força politica a apoiá-lo

4-Considero que será a minha primeira VIRAGEM À DIREITA, mas não estarei sózinho nessa "viagem". Como se sabe, até estou fartamente acompanhado em Beja.

5-Se os anteriores pressupostos se concretizarem, no dia da votação votarei com o dedo na nariz.

6-Continuarei ligado ao movimento nacional que pretende discutir em Convenção Extraordinária a decisao UNILATERAL da Mesa Nacional de apoiar MA sem prévia consulta aos Militantes/Aderentes.

Jorge Cameira - 6445 - Beja

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A palavra dos militantes: Sobre o apoio do Bloco a Manuel Alegre

Desde o inicio que o Bloco decidiu apoiar o Manuel Alegre e eu não concordei. Sempre achei que ele é uma muleta do PS, uma pessoa agarrada aos seus interesses e que procura protagonismo. Mostrou isto quando, depois de criticar o governo durante 4 anos, aparece ao lado do Sócrates a pedir a maioria absoluta, e sempre me pareceu que em momentos de aperto ia sempre para o lado do Partido Socialista.

Uma coisa é apoiar uma proposta de qualquer força politica para podermos avançar com essa proposta que achamos justa e fiel aos nossos valores, e mesmo, juntamente com essa força politica, unirmo-nos para trazer essas propostas, pois, acima de tudo, o que está em causa são as propostas muito além de quem propõe, e outra coisa é apoiar um candidato que não faz o combate ao PS. O PS é um partido neo-liberal e capitalista juntamente com o PSD e ambos fazem o bloco central e é este bloco central que temos de combater, e não apoiar muletas do PS. Não tenham duvidas que Manuel Alegre em questões de aperto vai sempre virar-se para o seu Partido ao qual, aliás, ele sempre mostra muito orgulho em pertencer, e agora na sua apresentação oficial nem uma critica ao governo fez.

Já mostrou o que podemos esperar, eu admito que ele foi incómodo no PS, foi uma voz critica às politicas neo-liberais mas o que é certo é que por um apoio do PS à sua candidatura esqueceu essas criticas e apareceu ao lado do Sócrates nas Legislativas, agora nem uma critica fez, e vai de certeza estar ao lado de Sócrates na sua campanha.

Se houvesse uma candidatura ampla, mas de Esquerda de combate ao Bloco Central, achava muito bem que o Bloco apoiasse essa candidatura, trazia mais pessoas para a nossa luta, para a politica, pois o que interessa era a luta politica. Infelizmente não há uma candidatura assim: o Fernando Nobre podia ser, pelo menos podia trazer muita gente fora da politica e da sociadade civil, e apesar de reconhecer o trabalho feito na sociadade pela AMI, não o consigo compreender politicamente, não consigo perceber em termos de programa politica se é capitalista, socialista ou social-democrata, está muito indefenido politicamente o que me impede de o apoiar, o que me faz se não surgir mais nenhuma candidatura achar que se devia apoiar uma candidatura própria do Bloco.

Não queria deixar de dizer que não concordo que o Bloco deva apoiar o candidato do Partido Comunista, sobretudo se for da área sectária (que é a maior) pois não trazia unidade à esquerda que é precisa para combater o bloco central. Só mesmo um Carvalho da Silva é que eu apoiaria.

Luis Costa - Faro - 4022

DN - Manuel Alegre apresentou a sua candidatura sem uma única crítica à governação de José Sócrates

DN - "Saúdo o PS, o meu partido"

Sem uma palavra crítica para a governação de José Sócrates - o PEC, os cortes no subsídio de desemprego , as convergências "bloco central" com o PSD - Manuel Alegre lançou-se ontem, definitivamente, na corrida presidencial. À cerimónia associou-se, como já se esperava, Carlos César, líder do PS/Açores, que há muito apoia Alegre. E também o mais "socrático" dos socialistas do arquipélago, Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada parlamentar do PS.

As "tréguas" de Alegre com Sócrates expressou-se em três palavras não escritas - mas ditas - no discurso do histórico socialista. Alegre disse: "Nas pessoas do presidente Almeida Santos e do secretário-geral José Sócrates saúdo o Partido Socialista". E no meio improvisou: "O meu partido."

Ler a notícia do DN aqui.


PÚBLICO - "Ao Presidente não compete governar"

Manuel Alegre apresentou nos Açores a sua candidatura a Belém com um discurso mais alinhado com o Governo PS e mais crítico com Cavaco Silva

Manuel Alegre, ao apresentar ontem a candidatura nos Açores, reafirmou a sua origem socialista, saudou particularmente o PS e, em apoio ao investimento público susceptível de estimular a economia e o emprego, criticou as interferências do Presidente da República na governação.

Ler a notícia do PÚBLICO aqui.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Reuniões por todo o País. A palavra aos militantes.

Os aderentes do Bloco de Esquerda subscritores da Convenção extraordinária promovem, a partir do próximo sábado, reuniões em vários distritos

Porque este é o momento de dar a palavra aos e às militantes, deixamos apenas o apelo à participação e uma proposta de Ordem de Trabalhos, para que as reuniões possam ser produtivas e conclusivas, no que respeita às próximas iniciativas.

Proposta de Ordem de Trabalhos
1 - Balanço da iniciativa de convocação de uma Convenção extraordinária
2 - Situação política e eleições presidenciais
3 - Próximas iniciativas (decisões sobre a continuação da recolha de assinaturas, sua entrega à direcção do partido, etc.)

Datas (Maio) e locais (a hora de Coimbra foi já corrigida, é às 21h30)

Sábado, 8, às 15h00, em Lisboa, na sede de S. Bento, para @s camaradas dos distritos de Lisboa e Setúbal.
Quinta, 13, às 21h30, em Braga , na sede do Bloco, para @s camaradas da zona Norte (excepto Porto / Aveiro).
Sábado, 15, às 15h00, em Faro, na sede do Bloco, para @s camaradas do Algarve e zona Sul.
Quinta, 20, às 21h30, em Coimbra, na sede do Bloco, para @s camaradas da zona Centro.
Sábado, 22, às 15h00, no Porto, na sede do Bloco, para @s camaradas do Porto e Aveiro.

Todas as reuniões são abertas aos e às aderentes, estando a participação em votações naturalmente reservada a quem subscreve a Convenção.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Candidatura de Alegre reconfigura mapa político" - Louçã ao JN

"O que o PS decida não tem nenhuma influência na definição do candidato perante o país"

ALEXANDRA MARQUES E PAULO MARTINS

Parece que o BE se "atrelou" ao milhão de votos que Manuel Alegre teve nas presidenciais…

Não. Aqui não há uma coligação. O candidato não depende do BE. Está acima do BE, como do PS ou do PCP. É uma disputa política; não procuramos dividendos. A coragem, na política, é escolher os campos em que têm de fazer-se as demarcações. Isso significa diálogos que não são novos. A eleição presidencial será clarificadora, porque Portugal vive um processo de degradação aceleradado. Exemplos: os três milhões de Mexia, os 18 milhões de Rendeiro, que quer que lhe paguem os impostos. São sintomas da rampa inclinada em que está a economia nacional.

Como se contraria?

É preciso criar uma alternativa. Não estamos só numa política de resistência. O protesto é fraco; a alternativa tem de ser forte.

Por que razão o BE se apressou a apoiar Manuel Alegre? Ficou a ideia de que era boa oportunidade para causar incómodo ao PS.

Não nos apressámos. Tomamos decisões no tempo em que entendemos, não ficamos à espera de outros.
O facto político era a afirmação de uma candidatura que pudesse disputar a Cavaco Silva a eleição e, ao mesmo tempo, cumprir a ambição de apresentar um programa para o país contra a fractura social. A isso respondeu Manuel Alegre. E nós respondemos ao desafio que colocou à política portuguesa.

O apoio a Alegre não foi consensual no interior do BE. Como se ultrapassaram as divergências?

Na Convenção, duas listas minoritárias, com posições alternativas, pronunciaram -se amplamente. Representavam cerca de 20% das posições do BE. É um debate natural sobre estratégias, mas o BE decidiu olhando para a convergência política que mudou a face do diálogo à Esquerda, protagonizado por Manuel Alegre na Aula Magna, no Trindade, no voto contra o Código de Trabalho, para um sentimento de mudança que é uma reconfiguração do mapa político.

Jerónimo de Sousa, em entrevista ao JN, disse que dos encontros que citou o PCP foi excluído.

Não há nenhuma exclusão. Esses encontros foram abertos a qualquer pessoa; não foram entre partidos. Não era essa a configuração e seria errado que fosse, porque seria redutora. A Esquerda tem partidos com grande importância - o PCP, o BE. Há muita gente que no PS quer protagonizar esses debates, mas há sobretudo a Esquerda social - sindicalistas (esteve lá Carvalho da Silva), independentes. Uma visão estreita da política, que a reduza ao entendimento entre dois partidos, não vê o quadro geral da mobilização necessária de forças independentes e de pessoas como Manuel Alegre, que representam a contestação à política e económica e social do Governo.

Poderemos ter o BE ao lado do PS, a apoiar o mesmo candidato?

Não, porque uma candidatura presidencial é suprapartidária. Não sei o que o PS fará, só o que até agora se tem ouvido: Mário Soares, Vitalino Canas e secretários de Estado como Valter Lemos a tentarem torpedear a candidatura. O que o PS decida não tem nenhuma influência na definição do candidato perante o país. As candidaturas presidenciais definem-se pelo programa, o seu valor e a figura que os representa. Se perguntar a um cidadão de Esquerda se há alguém capaz de desafiar Cavaco Silva - objectivo essencial para combater a crise e a decadência deste regime -, em quem confiar para responder à fractura social e económica, dirá que é Alegre.

Dando como adquirido que Cavaco Silva se recandidata e admitindo que o PS apoia Alegre, como o PCP apresenta candidato próprio, isso não fragilizará a Esquerda?

Não. A decisão é do PCP. Mas a convergência de votos que à Esquerda possa determinar a derrota de Cavaco Silva não é ameaçada por uma candidatura do PCP. O PCP deixou muito claro que os seus votos não falham no momento crucial de uma decisão.