domingo, 18 de abril de 2010

A palavra dos militantes: desmentido sobre as declarações de Francisco Louçã e outras notas

Não vou fazer, para já, uma descrição exaustiva de como decorreu a Mesa Nacional do Bloco de Esquerda de ontem, dia 17 de Abril. Quem lá esteve sabe como decorreu. E os militantes saberão, no espaço e no tempo que considerarmos adequado, como decorreu. Quero no entanto deixar aqui um desmentido, uma clarificação e duas informações.

O desmentido: São falsas estas declarações de Francisco Louçã que a TVI 24 transcreve: "No entanto, Francisco Louçã adiantou que os promotores da iniciativa informaram que «o número de assinantes necessário ficou demasiado longe de ser alcançado», acrescentando que «não houve proposta de apoio a qualquer outro candidato ou de qualquer outra alternativa».
Nenhum dos subscritores que usou a palavra durante o dia de ontem informou que o "número de assinantes ficou demasiado longe de ser alcançado".
A terem sido estas as declarações de Francisco Louçã, elas são totalmente falsas. Até hoje, dois meses depois de termos questionado a Comissão Política e a Comissão de Direitos, não sabemos quantos militantes são necessários para convocar uma Convenção, porque não sabemos quantos militantes tem o Bloco de Esquerda, e, ontem, mais uma vez, essa informação não nos foi dada.
Foram aventados números para a Comunicação Social e durante intervenções de camaradas da Comissão Política, mas, até hoje, não nos foram dados números oficiais, conforme solicitámos.
Não sabemos se estamos longe ou perto de alcançar os 10% (o único número que temos como referência é o número dos envolvidos na VI Convenção do Bloco de Esquerda, realizada há um ano, e em relação a esse número, já alcançámos os 10%) e nenhum dos subscritores, em nenhum momento de nenhuma intervenção deu esta informação ou usou o passado para se referir ao processo. Para todos ficou claro que a recolha de assinaturas vai perseguir, até entendermos que é possível e desejável que persiga.

É falso ainda que não tenha sido apresentada "qualquer outra alternativa" e é tão falso que o camarada Francisco Louçã sabe que só foi aceite o método que propusemos para a forma como decorreria a reunião porque apresentámos aquilo que para nós era claro, mas que o Coordenador do Bloco impôs que se passasse a escrito para ser aceite: a alternativa ao apoio a Manuel Alegre é a realização de uma Convenção Extraordinária para decidir a posição do Bloco nas Presidenciais. E ela foi passada a escrito por exigência do próprio Francisco Louçã.
Francisco Louçã conhece a alternativa, todos os que estiveram na Mesa Nacional conhecem a alternativa e todos os camaradas que têm acompanhado este processo também a conhecem. É tão falso que não tivesse havido proposta de apoio a outra alternativa que depois os jornalistas são informados que "a proposta que não existiu"...teve, afinal, 8 votos a favor. Gostaria de salientar que mais uma vez os militantes e os jornalistas são informados sobre quantos votos têm as propostas recusadas mas nunca sobre quantos têm as propostas vencedoras...ser maioria é mesmo um estatuto!!

A clarificação: no decorrer da última intervenção, Francisco Louçã duvidou da nossa idoneidade afirmando que as assinaturas que temos são virtuais pois que não tinham sido entregues à Mesa Nacional. Tendo deixado no ar a dúvida se realmente existiam.
As assinaturas, as que temos hoje e que continuaremos a recolher até que colectivamente julgarmos que o devemos fazer, serão entregues quando e se colectivamente os subscritores assim entenderem. Necessariamente quando e se atingirmos os 10% necessários para a realização da Convenção, reiterando aqui que não o podemos sequer fazer porque continuamos sem saber quantos somos.

Da parte dos subscritores não houve, pois, nenhuma informação falsa dada aos jornalistas ou aos militantes. Foram dadas ontem informações falsas mas não por nós. Quando qualquer subscritor quiser ver a lista das assinaturas, tê-la-á de imediato. A Comissão Política, A Mesa Nacional, o Coordenador do Bloco te-la-ão se e quando nós decidirmos. E como não há centralismo democrático nem dirigentes no grupo de subscritores, tê-la-ão se todos decidirem e quando todos decidirem.

As informações:
1 - Foi assumido na Mesa Nacional que iria continuar a recolha de assinaturas.
2 - Foi decidido entre o os camaradas subscritores presentes na Mesa Nacional a realização de um plenário de subscritores a realizar na 1ª quinzena de Maio, provavelmente a 8 ou a 15.
Brevemente daremos a informação concreta da data e do local da reunião.

Isabel Faria - Lisboa

2 comentários:

Anónimo disse...

A resolução apresentada pela Comissão política foi aprovada por
52 elementos da mesa, houve 8 votos contra e uma abstenção, apesar de ter sido pedido não foram contados os votos a favor, mas teriam sido 43.
Ferreira dos Santos

Anónimo disse...

Ferreira dos Santos, se estavam 52 pessoas na sala, então a Resolução foi aprovada com 43 ou 44 votos a favor(sei que na nossa Resolução, houve uma abstenção, creio que na aprovada também).

Obrigada pela clarificação que as informações dadas quanto ás Resoluções aprovadas nunca fazem.

Isabel Faria - Lisboa