sexta-feira, 2 de abril de 2010

Reunião em Setúbal

Na passada Terça-Feira, teve lugar na sede de Setúbal uma reunião destinada a discutir a realização da Convenção Extraordinária. Foi uma reunião proveitosa para todos. Para quem a defende e, acredito, também, para quem a contesta.

Gostaria de salientar três pontos que me parecem fundamentais do debate:

1 - Mesmo entre camaradas que não subscrevem a convocatória há muitas criticas à forma como a decisão de apoiar Alegre foi tomada e tornada pública.

2 - Ficou claro para todos que aquela era a 1ª reunião sobre o tema Presidenciais, tida entre militantes do Bloco de Esquerda de Setúbal. Mais de três meses depois de Francisco Louçã ter dado conta à imprensa, em nome do Bloco, de seu apoio a Manuel Alegre e mais de dois meses depois da ratificação deste apoio pela Mesa Nacional.

3 - Retive uma opinião dum camarada da Comissão Política, que me parece, de facto, o cerne de toda a questão: fazer uma Convenção agora, seria "escangalhar" o Bloco. Isto é, pelo que entendi, a CP opta, decididamente, pela pescadinha de rabo na boca: depois do apoio dado pelo Coordenador, qualquer posição contrária da Comissão Política, seria "escangalhar" o Bloco; depois do apoio público da CP, qualquer posição contrária da Mesa Nacional teria sido "escangalhar" o Bloco, depois da ratificação da Mesa Nacional, uma Convenção seria, ainda e voltando ao início..."escangalhar" o Bloco.
Fica a questão se, então, não seria mais sensato, e mais conforme a política da "pescadinha" que se optasse mesmo só pelo início de todo o processo... a posição do Coordenador? Já que a partir daí ou se ratifica tudo, todos ratificamos tudo, ou se quer prejudicar o Partido. E nos arriscamos a fazer o jogo da Direita...(onde é que já tinha ouvido isto antes?).

Isabel Faria - Lisboa

2 comentários:

punca punca disse...

ah pois é! debater é igual a escangalhar, duvidar é fazer o jogo da direita... tal como ter pessoas de todas as correntes na CP seria torná-la inoperante (por acaso já há lá pessoas de todas as correntes... menos uma). Frustra-me ser acusado de querer subordinar o BE ao PCP por quem adopta os métodos deste último.

Manel Afonso, aderente 4752, Coimbra

Anónimo disse...

Camarada, Manuel Afonso, para sermos exactos não há pessoas de todas as correntes, menos uma, na Comissão Política. Para sermos exactos há pessoas de todas as correntes da Maioria na Comissão Política e ninguém de qualquer das correntes minoritárias na Comissão Política. E também para ser exactos a justificação não é só a operacionalidade é também a (pasme-se!!)...confidencialidade!!

Quanto ao resto, inteiramente de acordo.

Isabel Faria - Lisboa